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Gestão de Investimento

Contexto Do Mercado Financeiro

O principal destaque do cenário econômico global em 2024 foi marcado pela divergência entre as políticas monetárias das grandes economias, combinada à intensa volatilidade gerada por eventos políticos. Nos Estados Unidos, a eleição presidencial com vitória de Donald Trump e a maioria republicana no Congresso resultaram em significativa valorização do dólar, refletindo a expectativa por políticas econômicas mais expansionistas e protecionistas. Por outro lado, a Europa adotou uma abordagem monetária mais cautelosa, iniciando cortes moderados nas taxas de juros diante de sinais mais brandos de inflação e menor crescimento econômico. Já na China, persistiram as dificuldades relacionadas à desaceleração do setor imobiliário, com efeitos limitados das medidas de estímulo implementadas pelo governo.

No mercado acionário global, o índice S&P 500 encerrou o ano com forte valorização, com retorno acumulado de 23,31% impulsionado principalmente pelas perspectivas otimistas após a eleição presidencial americana, fechando 2024 com ganho expressivo. Em contrapartida, o Ibovespa registrou um desempenho negativo, acumulando queda de -10,36%no ano, refletindo principalmente o cenário doméstico desafiador marcado pela preocupação com a deterioração fiscal e aumento acelerado das taxas de juros. A retirada líquida de aproximadamente R$ 36 bilhões por investidores estrangeiros da bolsa brasileira contribuiu significativamente para a queda do índice, contrastando fortemente com o desempenho positivo das bolsas internacionais.

No mercado de câmbio, o dólar apresentou forte valorização frente ao real, encerrando o ano com cotação recorde de R$ 6,18. A depreciação do real foi impulsionada pelo ambiente fiscal instável e pela insegurança dos investidores quanto às políticas econômicas adotadas no Brasil, mesmo com diversas intervenções realizadas pelo Banco Central no mercado cambial para conter a volatilidade.

A renda fixa brasileira sofreu fortes pressões ao longo do ano, refletindo as incertezas fiscais e a elevação contínua da taxa Selic pelo Copom, que terminou o ano em 12,25% ao ano, com indicação de novos aumentos no início de 2025. Títulos públicos de longo prazo, como as NTN-Bs, apresentaram desempenho negativo em função das oscilações nas curvas de juros.

Em relação à inflação doméstica, apesar da atividade econômica aquecida e do mercado de trabalho robusto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano pressionado por preços de alimentos, despesas pessoais e transporte, mantendo-se acima das expectativas e contribuindo para a revisão ascendente das projeções de juros futuros. Nesse contexto o PIB cresceu em 3,4%, totalizando 11,7 trilhões, no entanto as preocupações com a sustentabilidade fiscal prevaleceram, destacando a necessidade urgente de ajustes estruturais para a retomada da confiança econômica ao longo dos próximos anos.

ÍNDICE RETORNO 2023
IPCA
4,62%
IBOVESPA
22,28%
S&P 500
24,40%
TAXA SELIC
11,75%
PIB
2,90%
DESEMPREGO
7,80%
ÍNDICE RETORNO 2024
IPCA 4,83%
IBOVESPA -10,36%
S&P 500 3,31%
TAXA SELIC 12,25%
PIB 3,40%
DESEMPREGO 6,60%
RECURSO GARANTIDOR R$ 1.684.317.530,29
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