O principal destaque do encerramento de 2023 foi o afrouxamento das condições financeiras devido à continuação do movimento de fechamento dos juros globais, acompanhada pela forte valorização dos ativos de risco. Os dados baixistas de inflação e a suavização dos discursos dos principais bancos centrais em relação às taxas de juros – com destaque para o banco central americano – foram os principais contribuintes para o resultado do cenário atual.

No que diz respeito aos índices acionários, o movimento de alta teve sequência no mês de dezembro. O S&P 500, principal indicador de ações de Nova York, seguiu com avanço de 4,4%, após avanço de 9,7% no mês anterior, encerrando o ano de 2023 com valorização de 24% Os dados mais favoráveis de inflação de forma disseminada permitiram a continuidade do fechamento dos juros futuros, impulsionando o mercado acionário.

No Brasil, o Ibovespa (principal indicador de desempenho das ações na B3) bateu seu recorde histórico ao superar os 134 mil pontos pela primeira vez. No ano, o índice fechou em alta de 22,3%, foi o melhor resultado entre os ativos no Brasil. O CDI por sua vez, encerrou o ano com alta de 13,04%.

A sinalização do FED (Federal Reserve System) quanto ao possível início no corte de juros, contribuiu para que os investidores ficassem confiantes com um “pouso suave” da economia dos EUA evitando uma recessão e controlando a inflação. Seguindo a queda das principais moedas globais, o dólar recuou 1,3% frente ao Real, encerrando o ano a R$ 4,86 por US$ 1,00.

O mercado de renda fixa global também permaneceu em destaque refletindo o fechamento da taxa de juros. No Brasil, o quadro externo mais favorável e uma menor inflação implícita nas NTN-Bs impactou positivamente o ambiente doméstico, ofuscando a preocupação com o quadro fiscal mais frágil.

Em relação à inflação, O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — foi de 0,56% no encerramento de dezembro. Com isso, o IPCA fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%.

A atividade econômica por sua vez, surpreendeu as expectativas do mercado com um crescimento de 2,9% frente a 2022. O PIB totalizou R$ 10,9 trilhões em 2023. O PIB per capita alcançou R$50.193,72 em 2023, um avanço real de 2,2% ante o ano anterior. A taxa de investimento em 2023 foi de 16,5% do PIB, enquanto em 2022 registrou 17,8%. O mercado de trabalho permanece resiliente, com destaque para a estabilização do emprego em níveis elevados e a aceleração do rendimento real na margem.

A seguir, retorno anual com os principais indicadores: